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Nogaro, 1982: como foi a última corrida sem uma Honda nos pontos?

Lucas Carioli 21 de junho de 2022




O GP da Alemanha realizado no último domingo (21) foi histórico para a Honda pelos motivos errados: foi a primeira corrida sem uma moto da marca na zona de pontuação da Classe Rainha em mais de 40 anos. A última vez havia acontecido em 9 de maio de 1982.

Marco Lucchinelli defendia seu título pela Honda em 1982.

Era época do Grande Prêmio da França realizado no circuito Paul Armagnac, localizado no sudoeste do país. Com cerca de três quilômetros de extensão na época e poucas curvas, Nogaro, como é melhor conhecido, vinha hospedando o Mundial de Motociclismo desde 1978, mas não sem críticas.

Em 1981, todos haviam feito uma reclamação à FIM e aos organizadores sobre as péssimas condições do circuito. O asfalto estava ruim, os boxes não tinham espaço para acomodar a todos (Angel Nieto ficou indignado por ter que estacionar sua van fora do autódromo) e alguns trechos da pista eram perigosos, como evidenciou os fortes acidentes de Randy Mamola e Kenny Roberts em testes poucos dias antes.



Liderados por Franco Uncini, os pilotos encaminharam na sexta-feira anterior à corrida, 7 de maio, um documento formal por escrito onde alegavam que suas reivindicações no ano anterior não haviam sido cumpridas. Em seguida, eles recolheram seus equipamentos e foram embora, sem dar chances aos organizadores de qualquer negociação.

Ao todo, 27 pilotos aderiram ao boicote, divididos entre as classes que então competiam no Mundial, 125cc, 250cc, 350cc e 500cc. Entre eles estavam os principais nomes da Honda, como Freddie Spencer, o campeão reinante Marco Lucchinelli e o japonês Takazumi Katayama, todos com o devido apoio da equipe.

Além disso, o protesto também tirou de cena nomes importantíssimos como Kenny Roberts e Barry Sheene (ambos da Yamaha), Randy Mamola, Loris Reggiani e Franco Uncini, todos da Suzuki e, nas outras classes, Angel Nieto e Ricardo Tormo (125cc), o mesmo que batiza o circuito de Valência atualmente.

A vitória nas 500cc ficou com Michel Frutschi.

Apesar do motim, o evento seguiu adiante com vitórias de Michel Frutschi (500cc) Jean-François Baldé (350cc), Jean-Louis Tournadre (250cc) e Jean-Claude Selini (125cc). Os organizadores, por sua vez, realizam um protesto formal junto à FIM pedindo duras sanções aos pilotos e equipes, o que foi rechaçado.

O Mundial de Motociclismo nunca mais voltou à Nogaro e a partir de 1983 eles iniciaram um revezamento entre Le Mans e Paul Ricard. Nos anos 1990, o circuito de Magny Cours também integrou o calendário, antes deles se estabelecerem em definitivo em La Sarthe a partir de 2000.

Mas em 1982, a Honda vivia uma situação muito diferente de 2022: com o genial Freddie Spencer ainda a caminho de ser tornar campeão pela primeira vez, a fabricante japonesa havia encostado definitivamente a problemática NR 500 de quatro tempos (aquela dos pistões ovais) em prol de uma nova moto: a NSR 500 de dois tempos.

Com a nova máquina, Spencer venceria pela primeira vez no GP da Bélgica, em 4 de julho de 1982. O norte-americano seria campeão no ano seguinte e novamente em 1985, nas 500cc e 250ccc… ao mesmo tempo! E a Honda NSR 500 se tornariam uma das motos mais bem sucedidas da história do motociclismo.

Quarenta anos, 14.637 dias corridos e 633 corridas depois, a Honda está tecnicamente no fundo do poço: três de seus quatro pilotos abandonaram o GP da Alemanha, um por acidente, dois por problemas mecânicos. Apenas Stefan Bradl cruzou a linha de chegada, em 16º e último, a longínquos 52 segundos do vencedor Fabio Quartararo (Yamaha).

Todos os pilotos são unânimes em dizer: a Honda RC213V é simplesmente uma motocicleta difícil demais de pilotar. E sem Marc Márquez para cobrir suas falhas, a verdade nua e crua apareceu: a marca vem em último no Campeonato de Construtores com 81 pontos, 12 atrás da Suzuki, que também não marcou nada em Sachsenring.




Tags: 500cc Angel Nieto Franco Uncini Freddie Spencer História Honda Honda Racing Corporation (HRC) Kenny Roberts Marco Lucchinelli MotoGP

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